12/12/2009

Tem o Pinto Minúsculo

por Natasha (Malhação)



Sei que serei xingada, esculachada, odiada e virtualmente apedrejada por este post. Mas vou falar assim mesmo. Afinal, eu gosto de polemizar. E como minhas opiniões não são nada convencionais... :)

Diariamente, sou obrigada a conviver com pessoas de todos os tipos no trânsito. Muitas delas me irritam profundamente. Obviamente, eu odeio gente banana no trânsito, que anda parecendo uma tartaruga manca, que não presta atenção à sinalização, que acredita ser dona da rua, entre outros inúmeros exemplos.

Mas o que eu odeio mais que tudo mesmo é um povinho popularmente denominado como "playboy". Por definição, seria aquele tipo filhinho de papai, cheio da grana, que adora exibir sua riqueza material. Pois bem, quando esse exibicionismo migra para o campo automobilístico é que a coisa pega.

O problema é que a vontade de aparecer acaba extrapolando os limites do bom gosto e — por que não dizer — da educação no trânsito. Os engenheiros automobilísticos ficam anos e anos estudando milimetricamente qual a melhor medida que o carro deve ter, inclusive qual é a distância mais segura que a roda do carro tem de ter do restante da carroceria, de forma a proporcionar conforto, segurança, estabilidade e uma série de outros quesitos que uma pessoa leiga como eu jamais poderia citar. Aí vem um filho da puta folgado desses e se acha no direito de cortar as molas do carro, ou fazer sei lá o que, para deixar a suspensão lá no chão. Aí, com todo o seu mau gosto, ele ainda vai lá e coloca uma roda de um tamanho não sei quantas vezes superior ao ideal para aquele modelo de carro.

O que acontece? Eles juram que estão abafando, mas além de estarem transgredindo a legislação de trânsito, é simplesmente um inferno para nós, motoristas normais, passarmos uma lombada atrás deles, por exemplo. Temos de ficar meia hora esperando a boa vontade deles acharem o ângulo ideal, para passar de ladinho, e não raspar a parte inferior do carro. Por que, meu Deus, do céu??? O carro já foi projetado da maneira ideal para poder circular na cidade e na rodovia, e o infeliz modifica tudo, para depois sofrer igual a uma cadela prenhe de oito para conseguir transpor o obstáculo, quando simplesmente engatar a segunda marcha e reduzir a velocidade seria suficiente para subir e descer da saliência popularmente chamada como quebra-molas. E eu juro que rezo para que quebre mesmo, para ver se os "bonitões" aprendem.

Como se não bastasse, eles vão a uma loja especializada e trocam os faróis. Voltando aos engenheiros, eles estudam e continuam estudando e pesquisando doentiamente até encontrar a potência ideal dos faróis do carro, de forma que possam iluminar sem atrapalhar a visão dos demais motoristas. Mas não, um imbecilzinho desses quer chamar a atenção a qualquer custo. E o que fazem? Colocam a porra porcaria da lâmpada mais potente e insuportavelmente brilhante que encontram, no intuito de brilhar (ui!) bastante.

Só que eles não têm a ínfima noção do quanto aquela droga de farol que nem sei como se chama incomoda. Dói o olho. Cega. É pior que um infeliz dando luz alta na nossa cara. Atrapalha demais a nossa visão, e coloca em risco, inclusive, a nossa direção, pois simplesmente por alguns segundos não conseguimos enxergar para onde estamos indo. Sem contar a manchinha brilhante que fica por algum tempo na nossa visão depois que o clarão passa.

Eu tenho vontade de pegar um filho de uma boa mãe brasileira desses e passar um esculacho tão grande, de fazer ele se sentir arrependido por ter nascido. Ah, para completar a lista, vamos ao terceiro e principal item de uma pessoa sem noção, mal educada e insuportável no trânsito: o som.

Que me desculpe quem curte, mas eu acho simplesmente patético o cara gastar vários milhares de reais para equipar o carro com um puta som fodido equipamento bastante potente, a fim de alastrar pelo mundo o que ele está ouvindo. Nessa brincadeira, o porta-malas vira apenas um porta-som, e a cada batida da música é possível disparar até alarmes de outros carros a quilômetros de distância, além da minha enxaqueca, é claro. Agora, o pior nisso tudo é que o bom gosto musical do indivíduo é sempre inversamente proporcional à potência do seu som. E aí eles param em algum ponto estratégico da cidade, competindo com outras pessoas igualmente escrotas idiotas para ver quem tem o som mais potente e toca a pior música. Mas a visão do inferno mesmo se completa com as potrancas garotas de baixo nível intelectual e alto nível de safadeza rebolando ao redor.

E nesse contexto todo, eu só posso concluir que esse tipinho, que precisa se exibir com esses adereços fúteis e patéticos (que nada têm a ver com tuning), e de quebra dirigem como se estivessem numa pista de Fórmula 1, achando que a potência do seu motor e o ronco que emite serão fatores decisivos no grau de admiração que conquistará, só pode ser detentor de um pinto pequeno órgão genital minúsculo e digno de gargalhadas.

Natasha é uma roqueira literalmente do mal, que não suporta playboyzinhos e adora tocar o terror no mundinho medíocre que lhe cerca. Faz de tudo também pelo amor de Gustavo, infernizando a vida da Miss Gari (a chata da Letícia)

6 comentários:

Desabafando disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk....adorei...e assino embaixo das suas palavras...tb me irrita esses tipinhos que mexem dessa forma no carro. E o pior...o meu vizinho tem o carro com todas essas características...a pior coisa é quando ele larga o carro no quintal dele e liga aquele som horroroso no último volume...aí as janelas aqui de casa começam a vibrar e tremer, parece que vai arrebentar os vidros da casa toda...dá uma vontade de pegar o infeliz e arrebentar aquele carro que vc nem imagina...rsrsrs...coloca todo o dinheiro dele no carro, mas é feio e mora numa casa horrorosa...adianta algo?

Natália disse...

Háháháhá, é a lei da compensação né minha querida, alguma coisa tem que chamar a atenção...sinceramente eu pensei que o post era sobre o tamanho fazer sim a diferença, ou não, sei lá, mas ficou ótimo e me distraiu durante minha pausa pra jantar, entre meus estudos chatos que parcem n acabar mais, rá, bjão.

Rê_Ayla disse...

é o q eu sempre digo: pinto pequeno.

Flávia Romanelli disse...

Quanto maior e mais chamativo o carro menor o órgão repordutor masculino, sempre tive essa teoria. Acredito que se aplique para mesas de trabalho também!

Anônimo disse...

hahah tô me sentindo tão bem agora, pensava que eu era a única que pesava assim... ufa. hehehe

O psicolouco disse...

Concordo!!!
tu falou e falou muito bem!
seguindo!

 
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