23/11/2009

Teu Peito é Mole.

por Bárbara Campos Sodré (Da Cor do Pecado)

Tempos atrás, falei das pessoas que têm pança mole e, não se tocando de sua condição física, usam roupas nada condizentes com o pânceps acentuado e flácido. Hoje, quero falar de uma outra espécie — que às vezes coincide com a anterior. Trato, pois, daquelas mulheres que não se apercebem do poder que a gravidade já exerce sobre seus corpos e, com peitos murchos e moles, ousam usar blusas sem aquele acessório maravilhoso e milagroso: o sutiã.

É óbvio que uma garotinha de 18 anos usar blusa sem sutiã deve ser uma cena deveras excitante para os homens, pois, na flor da idade, com tudo em cima, o peito sequer deve balançar, quem dirá cair. Porém, até nestes casos acho meio constrangedor, se a blusa for daquelas molinhas que deixam o farol aceso mamilo em evidência.

O pior é quando a pessoa está na casa dos 30 e jura que continua com o corpinho de 15. Não digo que uma pessoa de 30 anos seja velha, mas acho que cada um poderia se olhar no espelho e saber se tem condições ou não para aderir a determinadas vestimentas.

Ainda se o peito for de silicone, beleza, pois sempre estará redondinho e em pezinho. Mas o que me deixa estupefata são mulheres que nem muito peito têm, mas insistem em exibir o ovo frito sob blusas quase transparentes e que não seguram nada.

Na minha opinião (que pode ser diferente da masculina, mas enfim), não há nada mais feio que aquels peitos em formato de V, um para cada lado, com aquele vão enorme no meio, e uma blusinha fininha.

Não entendo, sinceramente. Hoje em dia os sutiãs são "coisa linda de Deus". Eu, que não sou nenhuma Sabrina Boing-Boing, abuso dos sutiãs com bojo, e especialmente com aquela bolha dentro, que dá uma levantada, junta, deixa tudo arrumadinho. Até fica parecendo que eu tenho algo além do que a natureza me deu.

Claro, sempre tem alguém que vai dizer "ah, que que adianta? Daí você tira a roupa e some". Bom, no meu caso, não tenho esse problema, pois meu namorado já sabe exatamente o tamanho real das minhas mamas e parece satisfeito. Já no caso de você dar fazer amor com um desconhecido, também corre o risco de ele ter o pinto pequeno não ser exatamente um ator pornô no quesito "pênis".

É óbvio que um sutiã não aumenta seu peito, mas passa a impressão. Assim como todas as roupas podem ser usadas a nosso favor ou contra nós, cabendo apenas ao nosso bom senso valorizar o que temos de bonito, disfarçar o que temos de nem tão bonito assim, ou esculhambar de vez. E olha que muita gente cai na última opção...



Linda, sexy, inteligente e dissimulada, Bárbara é capaz de realizar qualquer plano para atingir seus objetivos. Foi criada para ser uma princesa, mas, com a falência dos pais, teve que buscar seus próprios meios para ter a vida que sonhou. Namora Paco há anos, sem nunca ter gostado dele. Pelo contrário, até despreza seu jeito humilde.

14/11/2009

Tenho pena mesmo...

por Nancy Downs, filme Jovens Bruxas.

Ai, eu tenho pena.. não tenho outra palavra pra descrever.

Eu acho incrível a capacidade que as pessoas tem de NÃO se colocarem no SEU devido lugar! Isso me irrita, e eu não consigo ser uma pessoa agradável com pessoas assim.

Veja bem, quando você TERMINA um namoro, você TER-MI-NOU. Você pode até ser amiga(o) dos amigos do(a) ex, e até do mesmo(a), mas gente.. por favor, venhamos e convenhamos, querer SAIR com os amigos do ex, É DEMAIS.

Conheço uma certa fulana que namorou por alguns anos um certo ciclano. Eles terminaram, porque ela não teve a capacidade de dizer que não queria mais e ficou fazendo do relacionamento um inferno, até que ele desse um basta (adoro gente covarde). Tudo bem que o ciclano não era lá o mais facilitador em termos de relacionamentos amorosos, mas o mínimo que você pode fazer quando tem personalidade, é dar um basta você mesma, explicar o porquê, e mandar passear. Ok, namoro acabado.

O ciclano sofreu muito, enquanto a fulana começou a desfilar por aí com as "novas amigas" da faculdade. Sair, beber, festar, arrasar (porque ela é linda né.. dá gosto) por aí. Tudo bem.. cada um para o seu canto.

Eis que um certo dia, no aniversário da fulana, ela convida os amigos do ex para participar.. até aí tudo bem, né.. ás vezes a pessoa chama por educação, afinal conviveu algum tempo com o povedo, e enfim.. mas, todos foram, e desde então a fulana anda se achando "da turma".

Pausa para detalhe: durante o relacionamento, fulana reclamava muito que não tinha vida própria e vivia a vida de ciclano, só saía com os amigos de ciclano (será que é porque ela não tinha amigas?) e só fazia as coisas que ciclano queria fazer (será que é porque ela nunca queria fazer nada?).. dizia que não suportava isso, pois precisa de um espaço para si mesma.

De repente começam a surgir recados no orkut da fulana, para os AMIGOS DE CICLANO! SIIIM! Chamando pra sair, comentando nas fotos de baladas e tudo mais! Sendo que ciclano, no momento, encontra-se NAMORANDO, e continua saindo com OS MESMOS amigos!

Agora eu pergunto: AONDE FOI PARAR A NOÇÃO?
Perdendo a classe: eu fico puta da minha cara!
As pessoa não se tocam? Se fazem de idiotas? Realmente SÃO idiotas? Ou a solidão tomou conta de tal maneira, que consegue fazer com que a pessoa se desespere para sair com quem quer que seja, com o simples propósito de atualizar orkut fazendo uma social?

Mas meu Deus do céu, aonde vamos parar? Eu juro que se aparecesse uma fulaninha, ex de namorado, se metendo onde não é chamada, eu bochava a cara. E ainda bochava a cara do amigo que se prontificasse a chamá-la ou aceitá-la em qualquer lugar que eu também estivesse.. ou mesmo que fizesse qualquer ligação de amizade mais intensa com a fulana.

Ah, por favor.. tenhamos a boa vontade de não sermos pessoas TÃO ridículas.. o ridículo do cotidiano, que é o normal, já nos é bastante suficiente!


Nancy (do filme Jovens Bruxas) é uma adolescente rebelde e gananciosa dotada de um poder místico, que pode fazer as coisas acontecerem através do poder da mente, especialmente quando sente muita raiva. É audaciosa, e destrói qualquer pessoa que tente impedi-la de realizar seus objetivos.

11/11/2009

TPM da Semana


por Catarina Batista (O Cravo e a Rosa)


Queridas leitoras (e leitores também), hoje iniciamos uma sessão experimental aqui no blog, a TPM da Semana. Basicamente, a coluna trará algum fato inusitado — para não dizer ridículo — que marcou a semana, com os nossos comentários sempre bastante gentis e delicados.

E para começar com chave de ouro, vamos falar daquela palhaçada situação constrangedora por que passou uma piriguete aluna da Uniban esta semana. Geyse Arruda é o nome da biscate coitada.

Eu não me inteirei muito bem sobre o assunto, afinal tenho mais o que fazer, mas como virou comentário nacional, a gente acaba ouvindo uma coisa aqui e ali. Em suma, a horrorosa aluna costumava ir pelada usar vestimentas nada adequadas para ir à universidade, visto que pessoas desse nível precisam chamar a atenção de alguma maneira, já que não é pelo nível intelectual que se destacam.

Segundo ouvi dizer, ela já teria sido advertida por isso, mas ignorou. Lógico. Então, numa atitude completamente descabida a universidade simplesmente resolve expulsá-la. É óbvio que o comportamento dela não devia ser dos mais exemplares, e imagino que ela frequentava as aulas pra caçar marido apenas com fins sexuais exibicionistas, ou vai ver era sua profissão mesmo. Mas a universidade tomou uma atitude completamente incompreensível. Mais inexplicável ainda foi, depois de todo o bafafá, aceitar a vagabunda moça de volta!

Eu entendo que faculdades particulares precisam se submeter a algumas coisas para sobreviver, afinal é das mensalidades que provém o seu sustento, mas admitir de volta uma aluna que foi expulsa por um motivo patético foi, no mínimo, humilhante. Diante de uma situação dessas, cheguei a me questionar se os telejornais não haveriam trocado seus scripts com os do roteiro da Malhação, mas pelo visto a coisa é séria.

Agora, o que mais me deixou estupefata não foi nem o caso em si, mas sim a repercussão que teve. Até o apagão, não se falava de outra coisa a não ser os microvestidos da traveca infeliz. Twitter, sites de notícias (?), jornais e todo tipo de mídia séria (?) deu um cansaço no público com esse assunto, tanto que eu já comecei a pensar que fosse virar uma novela como o caso da menina Isabella, ou da Eloá, ou de qualquer outra vítima de violência que acaba sendo endeusada por uma divulgação exagerada e cansativa.

E nisso, a única análise que eu posso fazer é: o povo tem o que merece. Sim, porque ficar se preocupando e debatendo esse tipo de assunto o dia inteiro é muita falta do que fazer. E veja só, a história veio parar até aqui no TPM. Mas acho que podemos tirar uma liçãozinha disso tudo: universidade é para quem quer estudar. Se for para fazer programa, melhor procurar uma casa especializada, ou, na pior das hipóteses, uma avenida bem movimentada da cidade. E aí, querida, pode abusar da maquiagem, do salto alto, da microssaia e até pode andar sem calcinha, tá? Beijomeliga.



Catarina Batista é a mulher moderna na sociedade paulista da época de 20, que recusa o papel feminino de se restringir a lavar ceroulas em um tanque. Conhecida como "a fera", por botar todos os seus pretendentes para correr, Catarina vai esbarrar na teimosia cínica de Petruchio, por quem ela acaba se apaixonando, apesar de não admitir. Carinhosamente, ele a chama pelo apelido de "onça braba". Sempre elegante e com personalidade forte, ela não suporta gente dramática e fútil.

10/11/2009

Tenho o Pé na Merda [Parte 1]

* por Raven Darkholme – Mística (X-men)

Como fiquei solteira há poucos meses e certas coisas absurdas começaram a me acontecer (déjà vu), resolvi fazer uma retrospectiva dos meus casos amoros mais insanos. Eu me pergunto: Por que, meu Deus, eu atraio gente doida?

O primeiro caso foi o de um colega da faculdade. Final de ano, 2º período, todo mundo naquela interação que só a faculdade, o álcool e a vontade de pegar todo mundo intimidade proporcionam, comendo petiscos no barzinho próximo ao estabelecimento estudantil, eis que o infeliz solta “ainda vou ficar com você” e eu respondo “ah, jura?” e ele “sim, vou te ligar, me aguarde!”

No dia seguinte, quase meia-noite, toca meu celular e é o dito cujo dizendo “estou indo na sua casa agora, em que rua eu viro mesmo?” Tá bom, fiz papel de GPS e orientei o marmanjo para chegar até minha casa, esperei na calçada e ele nem fala comigo direito, já chega me beijando. Ok ok, até aí tudo bem, apesar de feinho eu tinha uma quedinha contida por ele, pelo jeitinho doido de viver e das conversas. E ficou por isso. Virava e mexia ele inventava alguma desculpa como “preciso do material de tal disciplina para estudar pro exame” e aparecia na minha casa.

De repente o marmanjo dá uma desaparecida da minha casa, e eu começo a ver scraps suspeitos no Orkut dele, de uma mulher nada convencional, digamos (para não comentar a cara de vagabunda, a idade, fotos de bikini e as comunidades “eu sou gostosa” e “meu ex-marido me persegue”). Até que finalmente iniciaram-se as aulas do 3º período.
Estávamos subindo as escadas, ele, eu e mais duas amigas contando as novidades, e uma delas solta em alto e bom som “Amigaa, vc sabia que o Fulaninho aqui está namorando?” E eu com aquela cara de “WHAT THE FUCK, NÃO ACREDITO”. E em seguida fiquei sabendo tudo sobre a vagabunda tiazona dele: duas filhas, ex-marido rico sustentando, 30 e poucos anos, se achando a adolescente na balada, enfim.. namorando o meu peguéti?! Mereço mesmo. Me fiz de forte e evitava falar com ele.

Até que certo dia, estava eu com mais três amigas de adolescência, no apartamento de uma delas, preparando cachorro quente enquanto o resto do pessoal jogava poker na sala e eu comento “nossa, que legal, sua janela da cozinha dá de frente pra janela da cozinha do vizinho. Assim você tem companhia na hora de lavar a louça”. Palhaçadas a parte, a anfitriã me pergunta do peguéti. Enquanto eu cortava tomates e ela mexia no molho do cachorro quente, expliquei que ele apareceu namorando, e comecei a descrever a potranca tiazona com todo meu vocabulário de “elogios” que só uma mulher com raiva possui. Eis que, aparece a vizinha na janela da cozinha também, e no segundo após minha descrição detalhada, minha amiga levanta a cabeça e diz “peraí, eu acho que conheço essa mulher” e olha pra frente. A vizinha dela lá.. loira e, reparando bem, parecida com a potranca tiazona (que eu nunca tinha visto pessoalmente) e quem surge sem camisa no nosso campo de visão? SIM! Exatamente ELE! O ataque de riso foi totalmente impossível de se conter. A gargalhada explodiu na cozinha e todo mundo se escondeu, menos a monga aqui, que ficou com a cara estampada na janela e ainda ganhou um tchau do ex-peguéti.

Na faculdade, fingi que nada tinha acontecido... E o tempo passa, o tempo voa, menos de três meses depois eles tinham “terminado” e surge um churrasquinho (cerveja, música e azaração) da faculdade e adivinha quem veio pra cima de mim? Aham! Com aquele papinho manjado, tentando me ensinar a dançar, conversinha no ouvido, me elogiando. Ok! Acabamos nos beijando. Me infernizou até o ultimo para me levar para “minha casa” (aham! Nasci ontem, né?!) e eu recusei. Dois dias depois, recebo uma sms da minha amiga anfitriã do apartamento (que não sabia que tínhamos ficado de novo) dizendo “viu, o seu peguéti da facul está aqui no mesmo restaurante que eu, almoçando com a tiazona”. Na mesma hora mandei uma sms pra ele dizendo “se arrependeu, foi?! Bom almoço!” ou alguma coisa assim. E virei a cara pra ele. Sim! Dei uma de pré-adolescente e quis fazer cu doce. Hoje eu sei que foi uma tremenda burrice a minha! Porque, afinal, eu sentia atração por ele por vários motivos e poderia muito bem aproveitar a amizade dele, mas mesmo assim, a orgulhosa aqui evitava olhar na cara dele. Até que um dia, numa quinta-feira ele senta do meu lado enquanto a professora corrigia nossos exercícios e ele ficou tentando conversar comigo, perguntando o que eu ia fazer no final de semana e eu respondi meio sem vontade. E saímos da sala juntos.. enquanto ele saia alguém gritou pra ele “vamos tomar uma cerveja?” e ele com a resposta pronta de sempre respondeu “só se for agora!” e saiu acenando para todos.
Infelizmente, essa história maluca foi interrompida por uma tragédia. Aquele final de aula foi o último em que o vi, pois no dia seguinte ele sofreu um acidente que levou embora a vida alegre e inconsequente que ele levava.
Hoje, eu não sei se foi o destino, coincidência, ou puro azar mesmo, mas gostaria de saber como essa história terminaria se ele não tivesse partido desse mundo. Provavelmente, ficaria enrolando as duas mais um tempo. Quem sabe?"

*Mística é a mutante que sem dúvidas, possui um dos poderes mais cobiçados entre os fãs. É esperta, tem as respostas na ponta da língua e sua habilidade permite mudar a própria forma física para se transformar em qualquer pessoa. Além de tudo, ela é rancorosa e mestre na arte das mentiras e manipulações.

07/11/2009

Tatuagem: Pura Modinha

por Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada)


Ultimamente, tenho observado pessoas desprovidas de personalidade fazendo coisas ridículas só para se enturmar. Como se não bastasse usar só as roupas que estão na última moda, ou adequar a vestimenta e cabelos de acordo com a turma à qual querem seguir religiosamente, a "onda" agora é fazer tatuagens.

Não me refiro àquelas tatuagens que a pessoa sempre teve vontade de fazer, um símbolo que signifique muito para ela, um desenho que combine com ela, etc. Refiro-me às tatuagens da moda. Porque, sinceramente, tatuagem é uma questão de personalidade, que nos últimos tempos tem se banalizado.

Tatuagem no ombro agora é cool. Em baladinhas e barzinhos só se vê a mulherada com desenhos multicoloridos em um ou ambos os ombros. Flores, estrelinhas e outras gravuras clichês são quase uma regra. E as detestáveis estrelinhas atrás da orelha, numa imitação barata da Mel Lisboa?

E as tatuagens da amizade? Uma meia dúzia de piriguetes breguíssimas decide registrar em seus corpos desenhos ou frases mais bregas ainda... Aí, tiram fotos, com aquela unha do dedão do pé horrorosa, e ainda têm a coragem de colocar no orkut, orgulhosas da própria porquice...

Isso sem mencionar aquelas quase nada batidas: "Carpe Diem"... "Livrai-nos de todo o mal. Amém"; "Liberdade"... Piorou quando é perto do cóccix, potranca total! Para estas, os homens já olham imaginando a vagaba de quatro e, enfim... deixa pra lá...

E, jurando que estão arrasando, elas saem por aí desfilando seu mau gosto, usando roupas cada vez mais curtas e menos condizentes com suas formas físicas, transformando-se em decadentes gibis ambulantes.


Miranda Priestly é uma famosa editora-chefe da maior revista sobre moda do mundo. Para ela, gostar de moda e ter estilo é essencial. Muito exigente, para ela sua opinião é a única que conta. Não suporta gente brega, e seu sarcasmo é de doer na alma. Miranda Priestly também é conhecida como "a dama de ferro", pois casou várias vezes e estes sempre acabam em divórcio.

 
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